sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O BONITO HÁBITO DA COFISSÃO

«…Não sabes orar? – Põe-te na presença de Deus, e logo que começares a dizer: Senhor, não sei fazer a oração! Podes ter a certeza que começaste a fazê-la…»
Mais uma vez, as sábias e Sagradas palavras de um Santo meu amigo.
Eu comecei desta forma, um pouco sem jeito, sem saber como começar, sem saber o que dizer, mas perseverante, apaixonado, sentindo que ele estava próximo, que era meu amigo, que não me ia desamparar, tinha muita Fé.
A oração, a santa missa, a comunhão e a confissão, fazem parte do quotidiano de muitos Cristãos e particularmente do meu, são condições importantes para cultivarmos a nossa proximidade com Jesus, são alicerces fundamentais para o nosso crescimento espiritual. Eu sei tudo isso, mas para mim, ainda continua a ser muito difícil, tenho ideia que o mesmo se passa com muitos amigos meus, a confissão, uma confissão séria, aquela que é entendida com profundidade, que exige sinceridade, desprendimento de preconceitos, um profundo exame de consciência, não só para descobrir os pecados, mas para chegar à sua raiz.
Mas, meus amigos, apesar de não ser simples, é demasiado importante na nossa vida de Cristãos para o deixarmos de fazer com algum hábito e, uma coisa vos confidencio, no final da confissão ficamos com um sentimento de libertação, de paz interior, de pureza, de renovamento relativamente ao relacionamento com Deus, de reconciliação com os outros e de força para não voltar a pecar.
É esta a beleza e o mistério da confissão!
VITOR CARVALHO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

ONDA DO FACILITISMO

Recentemente foi-me solicitada ajuda para identificar algumas atitudes/comportamentos, que seriam necessários alterar em profissionais de uma determinada área de actividade, de forma a torna-los mais competitivos ou mesmo excelentes no seu desempenho profissional.
Depois de alguma reflexão, facilmente identifiquei alguns, no entanto, e por me parecer já uma “moda” nos nossos dias, elegi o “facilitismo” como sendo aquele comportamento que me parece preocupante e é transversal a grande parte dos Portugueses.
Se o pretendermos analisar com mais profundidade, podemos começar pelos mais pequenos, e em casa:
Todos nós temos a tendência paternal de facilitar o mais possível a “vidinha” aos nossos “ricos” filhos, fazer ou tentar fazer sempre mais do que aquilo que nos fizeram, mas normalmente em excesso.
- Eu também sou um desses!
Começa aqui a “escola” do facilitismo.
A seguir vem o ensino, onde as sucessivas políticas educativas, com o intuito de melhorarem rapidamente os resultados, baixaram os níveis de exigência, vai-se aumentando o facilitismo. São formados muitos indivíduos com diplomas/certificações, mas com inadequada capacidade relativamente ao grau académico ou especialização que apresentam, acabamos todos a perder.
No meio deste percurso ainda apareceu a adolescência, onde muitas solicitações, algumas de carácter perigoso, os vão distraindo, tornando-os pouco competitivos a vários níveis.
Os padrões de exigência que a vida lhes vai requerer são muito elevados e temo que poucos vão estar preparados.
Pode-lhes ser criada a falsa sensação que não é preciso esforço para obter sucesso pessoal e profissional.
Pela vida fora ainda lhes vão aparecer mais casos de facilitismo, como por exemplo, aquilo que estão a querer alterar com a lei do divórcio, transformando o casamento, que deveria ser um forte pilar de sustentação da família, num simples contrato, mas ainda assim, muito precário.
Não me canso de referir um Santo meu amigo que dizia “…O Senhor precisa de almas rijas e audazes, que não pactuem com a mediocridade, e caminhem com passo seguro em todos os ambientes…”.
Eu não vou em facilitismos, vou tentar seguir estes princípios!
VITOR CARVALHO

terça-feira, 9 de setembro de 2008

COMO FOI NAQUELE TEMPO

Após sugestão e desafio proposto numa recente homilia que assisti, reli o livro do Acto dos Apóstolos, agora com outros olhos, mais atentos, mais abertos e mais focados na perspectiva da minha vivência Cristã. Impressionou-me sobremaneira o exemplo que nos é relatado sobre os primeiros Cristãos, esses que do pouco que possuíam ainda o repartiam, esses que arriscavam a sua vida por Jesus, esses
que seguiam Jesus em quaisquer circunstâncias, esses que se privavam do conforto de opinião e anunciavam o Messias, fazem-nos recordar, se para tal ainda fosse necessário, o quanto Jesus pode ser importante nas nossas vidas, o quanto deveremos estar atentos, mesmo em situações desfavoráveis e em ambientes hostis, nunca cair na tentação de dizer: «Esse? Não o conheço.
Este livro integrante do Novo Testamento, escrito por Lucas, fala-nos de Pedro na construção da Igreja de Jerusalém e da importância de Paulo na expansão da Igreja pelo mundo, relatando muitas vezes os factos na primeira pessoa.
Particularmente por estarmos a viver o Ano Paulino, sugiro a leitura deste livro, sendo que para muitos, como o foi para mim, mais uma leitura, mas agora com outros olhos.
VITOR CARVALHO

sábado, 6 de setembro de 2008

A FAMÍLIA SAUDÁVEL

Há um tempo li um artigo interessantíssimo a recomendar uma série de boas práticas de comportamento, que tinham como objectivo tornar as famílias saudáveis.Estas recomendações / conselhos, tornam-se hoje de primordial importância porque, pelo que conheço, não devem existir famílias isentas de problemas, uma vez que estes surgem pelas mais variadas razões e em quaisquer circunstâncias.Quantas e quantas vezes nos surgem problemas porque á partida pensávamos que tínhamos as “coisas” controladas e, afinal não era bem assim? Quantas e quantas vezes nos surgem problemas pelos nossos desacertados comportamentos? Quantas e quantas vezes nos surgem problemas por pensarmos que o assunto não é suficientemente importante e não lhe demos a devida atenção?
Também sei que por vezes as situações não estão sob nosso controlo, mas é também por isso que nunca é demais estarmos vigilantes.Apesar de ser um tema que nos preocupa a quase todos, ainda existem muitos erros da nossa parte em termos de práticas familiares, que podem facilmente ser corrigíveis.
Junto como exemplo algumas boas práticas:
Pedirem ajuda uns aos outros quando têm problemas;
Partilharem os projectos e não desistirem deles às primeiras dificuldades;- Fomentarem o prazer de estarem reunidos, brincarem ou divertirem-se em família, passarem os seus tempos livres juntos;- Fazerem regularmente refeições à mesa em família e conversarem com a televisão desligada;- Procurarem manter sempre o diálogo e a escuta – a comunicação – entre os seus membros;- Não deixarem nenhum elemento de fora, de modo a criar um espírito de grupo e a verem-se como um todo, em que todos se ajudam segundo as necessidades e capacidades de cada um;- Respeitarem-se uns aos outros;- Terem sentido de espiritualidade e viverem-no inspirados no evangelho;- Partilharem o dinheiro e poder, funções e responsabilidades.
Agora ficamos com a dever de corrigir alguns dos nossos comportamentos!
VITOR CARVALHO

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

VAMOS RECOMEÇAR

Depois das merecidas férias, recomeçamos um novo ciclo, uns sem grandes alterações ao seu quotidiano, mas muitos outros, particularmente para os estudantes e jovens em geral, novos e cada vez maiores são os desafios que os esperam.
Os nossos grupos de paróquia também estão a recomeçar, esperemos que cada vez em maior número e em força, mas isso também depende muito do nosso empenho e envolvimento.
A sociedade actual, egoísta, materialista, com muitos riscos a todos os níveis, sabem bem ao que me refiro, necessita de Cristãos verdadeiros, aqueles que possam ajudar a adoçar e a amenizar as amarguras e a dureza da vida, com a sua bondade, com a sua justiça, alegria, amor, caridade, cultivando a amizade, no fundo com aquilo que Jesus nos ensina e que sempre nos solicita.
Mesmo se nos depararem barreiras ou obstáculos, que muitas vezes parecem intransponíveis, como fosse o fim da linha, com certeza que não o são, vamos entregá-los a Jesus, que sejam convertidos em ocasiões para O servir, não deveremos desanimar, não perder o entusiasmo nem desistir, vamos confiar sempre Nele.


VITOR CARVALHO

NÃO EXISTE NADA MELHOR

Não existe nada melhor que ao fim de um dia normalmente muito preenchido, ter alguém com sorrisos à nossa espera.
Papá! Pai! Papá! Vítor!
Como é bom ver estes rostos iluminados de alegria, como é bom tanta solicitação.
A ansiedade de cada um contar o seu dia, a vontade de cada um querer atenção, às vezes apenas com pequenas traquinices, é especial e único. Beijocas, beijocas, umas cócegas a uns, umas caretas a outros, mais um abraço apertado, uma corridinha, - Anda cá malandro(a)!
Claro que é muito exigente, zelar bem pelo nosso trabalho, dar atenção às pessoas que nos estão próximas, cuidar da nossa família, tratar e alimentar a nossa fé, mas tudo isto deve ser aproveitado como ocasião de agradecer a Deus por nos ter confiado tamanha missão.
Quando te deitas e fazes uma reflexão, é bom que agradeças o teu dia, e estes são com certeza os factos por onde devem passar os teus maiores agradecimentos.
Eu sei que tenho Alguém que me ama! Obrigado Jesus!
VITOR CARVALHO

«ao lado dos jovens, não se envelhece» - Papa Francisco

  Como é que um homem com 86 anos, que vem falar em nome de Alguém com mais de 2000, cria esta euforia e este entusiasmo em milhões, não só ...