segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Carta de D. Alvaro Del Portillo


Caros amigos,
  a carta que o Santo Padre enviou a D. Javier Echevarría no passado sábado, pela
Vale a pena lerem, de uma humildade assin
Querido irmão:

A beatificação do servo de Deus Álvaro del Portillo, fiel colaborador e primeiro sucessor de São Josemaria Escrivá à frente do Opus Dei, representa um momento de especial alegria para todos os fiéis dessa Prelazia, bem como para ti, que durante tanto tempo foste testemunha do seu amor a Deus e aos demais, da sua fidelidade à Igreja e à sua vocação. Eu também desejo unir-me à vossa alegria e dar graças a Deus que embeleza o rosto da Igreja com a santidade dos seus filhos.

A sua beatificação terá lugar em Madrid, cidade em que nasceu e na qual transcorreu sua infância e juventude, com uma existência forjada na simplicidade da vida familiar, na amizade e no serviço aos outros, como quando percorria os bairros para ajudar na formação humana e cristã de tantas pessoas necessitadas. E nessa cidade teve lugar sobretudo o acontecimento que selou definitivamente o rumo da sua vida: o encontro com São Josemaria Escrivá, de quem aprendeu a enamorar-se cada dia mais de Cristo. Sim, enamorar-se de Cristo. Este é o caminho de santidade que todo cristão deve percorrer: deixar-se amar pelo Senhor, abrir o coração ao seu amor e permitir que seja Ele quem dirija a nossa vida.

Gosto de recordar a jaculatória que o servo de Deus costumava repetir com frequência, especialmente nas comemorações e nos aniversários pessoais: “obrigado, perdão, ajuda-me mais!”. São palavras que nos aproximam da realidade da sua vida interior e do seu trato com o Senhor, e que também podem ajudar-nos a nós a dar um novo impulso à nossa própria vida cristã.

Em primeiro lugar, obrigado. É a reação imediata e espontânea que a alma sente perante a bondade de Deus. Não poderia ser de outro modo pois Ele sempre nos precede. Por muito que nos esforcemos, seu amor chega sempre antes, nos toca e acaricia primeiro, nos antecede sempre. Álvaro del Portillo era consciente dos muitos dons que Deus lhe concedeu, e dava graças a Deus por essa manifestação de amor paterno. Mas não ficou nisso; o reconhecimento do amor do Senhor despertou no seu coração desejos de segui-lo com maior entrega e generosidade, e de viver uma vida de humilde serviço aos demais. Destacava-se especialmente o seu amor à Igreja, esposa de Cristo, à qual serviu com um coração despojado de interesses mundanos, longe da discórdia, acolhedor para com todos e buscando sempre o lado positivo nos demais, o que une, o que constrói. Nunca uma queixa ou crítica, nem sequer nos momentos especialmente difíceis, quando, como aprendeu de São Josemaria, respondia sempre com a oração, o perdão, a compreensão, a caridade sincera.

Perdão. Frequentemente manifestava que se via diante de Deus com as mãos vazias, incapaz de corresponder a tanta generosidade. Mas a confissão da pobreza humana não é fruto da desesperança, mas de um confiado abandono em Deus, que é Pai. É abrir-se à sua misericórdia, ao seu amor capaz de regenerar a nossa vida. Um amor que não nos humilha, nem nos afunda no abismo da culpa, mas que nos abraça, nos levanta da nossa prostração e nos faz caminhar com mais determinação e alegria. O servo de Deus Álvaro sabia da necessidade que temos da misericórdia divina e dedicou muitas energias pessoais para animar as pessoas com quem se relacionava a se aproximarem do sacramento da confissão, sacramento da alegria. Como é importante sentir a ternura do amor de Deus e descobrir que ainda há tempo para amar.

Ajuda-me mais. Sim, o Senhor não nos abandona nunca, sempre está ao nosso lado, caminha connosco e cada dia espera de nós um novo amor. A sua graça não nos faltará, e com a sua ajuda podemos levar o seu nome ao mundo inteiro. No coração do novo beato pulsava o afã de levar a Boa Nova a todos os corações. Por isso percorreu muitos países fomentando projetos de evangelização, sem reparar nas dificuldades, movido pelo seu amor a Deus e aos irmãos. Quem está muito unido a Deus sabe estar muito perto dos homens. A primeira condição para lhes anunciar a Cristo é amá-los, porque Cristo já os ama antes. É preciso sair dos nossos egoísmos e comodidades e ir ao encontro dos nossos irmãos. É ali que o Senhor nos espera. Não podemos ficar com a fé só para nós mesmos, é um dom que recebemos para doar e compartilhar com os demais.

Obrigado, perdão, ajuda-me! Nessas palavras expressa-se a tensão de uma existência centrada em Deus. De alguém que foi tocado pelo maior Amor e vive totalmente desse amor. De alguém que, mesmo experimentando as suas fraquezas e limitações humanas, confia na misericórdia do Senhor e quer que todos os homens, seus irmãos, também a experimentem.

Querido irmão, o beato Álvaro del Portillo envia-nos uma mensagem muito clara, diz-nos que confiemos no Senhor, que Ele é nosso irmão, nosso amigo que nunca nos dececiona e que sempre está ao nosso lado. Anima-nos a não termos medo de ir contra a corrente e de sofrer por anunciar ao Evangelho. Além disso, nos ensina que na simplicidade e quotidianidade da nossa vida podemos encontrar um caminho seguro de santidade.

Peço, por favor, a todos os fiéis da Prelazia, sacerdotes e leigos, bem como a todos os que participam das suas atividades, que rezem por mim, ao mesmo tempo que lhes envio a Bênção Apostólica.

Que Jesus os abençoe e que a Virgem Santa os proteja.

Fraternalmente,

Franciscus
 

 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A cura rápida, perfeita e permanente desta criança foi um milagre de Deus!



Por sugestão de um amigo li há uns anos a biografia de D. Álvaro Del Portillo, escrita por Mons. Hugo de Azevedo, chama-se “Missão Cumprida”. Um livro onde se realça a sua grandeza espiritual e força pessoal.

Quando o fiz nada me fazia prever que tão em breve este Bispo viesse a ser Beatificado.

Mais curioso, ontem fui convidado por um amigo a assistir à sua beatificação no dia 27 de Setembro em Madrid.

Existem numerosos favores de natureza espiritual e material, nomeadamente curas atribuídas à sua intercessão. É neste contexto que quero partilhar convosco um milagre particular que lhe é atribuído, e que mereceu da Congregação das Causas dos Santos as provas para a sua beatificação.


A cura deste menino chamado José Ignácio.

(Um pequeno resumo) 

Criança nascida em 10 de Julho de 2003, com uma malformação congénita nos dois hemisférios do cérebro, devido a uma desordem de migração neural, uma cardiopatia congénita e um onfalocele. Situação muito grave a nível neurológico e cardíaco.

Nos primeiros dias de vida o bebé sofreu repetidas lesões cerebrais e paragens cardíacas.

Diz a mãe – Os médicos já o davam como morto, mas quando começaram a desistir o coração do José Ignácio voltou a bater….

                - A hemorragia foi extensíssima… Fomos vê-lo e estava com uma cor fantasmagórica, que nos afligiu muito, explicaram-nos que era por causa da falta de oxigénio …

                - Rezamos intensamente durante todo o dia….

               - No dia seguinte, logo de manhã, fomos informados que o José Ignácio tinha passado bem a noite….

               - O médico confirmou-me que nunca pensou que ele sobrevivesse, foi uma coisa surpreendente, sem explicação ao nível da medicina.


Hoje José Ignácio tem 11 anos e tem uma vida normal igual às crianças da sua idade.


A cura rápida, perfeita e permanente desta criança foi um milagre de Deus!

segunda-feira, 7 de julho de 2014

O desemprego é terrível!



É terrível em várias vertentes, ao nível social, ao nível familiar, mas também muito ao nível da autoestima pessoal.

O Santo Padre disse recentemente – “não levar pão para casa é perder a dignidade”.

Um destes dias em conversa com um amigo que infelizmente passa por esse drama pessoal, dizia-me quase desesperado – “não sei se aguento muito mais tempo assim”. Imaginem como fiquei?
 

Nós que felizmente temos emprego passa-nos um pouco ao lado este enorme tormento dos nossos dias.
 

Diz o governo de Portugal, a taxa de desemprego baixou alguns pontos decimais, passando de 14,6% para 14,3%. Bem, não deixa de ser positivo é verdade, mas dito desta maneira parece-nos tudo muito bem.

Mas por trás destes números, estará com certeza muita infelicidade, muita angústia, muito desespero, quantas e quantas famílias, quantos e quantos homens e mulheres estarão em sofrimento?

Era esta reflexão que queria deixar aos meus amigos, para pensarmos e pelo menos rezarmos por estas milhares de pessoas que nos vamos cruzando todos os dias, mas que muitas vezes não imaginamos o drama que está por trás.
 

É muito difícil criar um lar alegre e luminoso com o desemprego na família.
 

Queria deixar uma mensagem de esperança e coragem aos meus amigos que estão a atravessar uma situação desta natureza, NÃO PODEM DESISTIR!

 
Todos temos uma boa estrela, uma luz que nos acompanha, mas só verdadeiramente a vê quem nela acredita! O verdadeiro Cristão tem a responsabilidade de acreditar nessa estrela.

 

Vitor Carvalho

segunda-feira, 16 de junho de 2014

A LIÇÃO...


 
No passado fim de semana encontramo-nos com uma amiga que já não víamos a algum tempo. Depois dos cumprimentos e das conversas de ocasião, confidenciou-nos que tem estado bastante doente.

A doença é grave, apesar de aparentemente não deixar transparecer praticamente nada, continua muito viva, alegre, irradiando energia e boa disposição.

Tudo isto tem ainda mais relevo, uma vez que é profissional de saúde, detendo melhor que ninguém plena consciência da doença e do que esta lhe pode trazer no futuro.

As eventuais limitações naturais resultantes da evolução da doença não a esmorecem nem lhe retiram a alegria. Impressionou-me muito a sua força e a sua luta, que não duvido, seja em muitos momentos difícil.

Para além de manter a sua atividade profissional em pleno, mantêm ainda quase todos os seus hábitos anteriores, incluindo muito movimento físico.

A fé, a família e a disponibilidade/vontade na ajuda aos outros (fora dos círculos e dos grupos habituais de solidariedade) são algumas das razões que a vão mantendo “saudável”.

Sei que a oração também a vai ajudando. Obviamente a oração não pode nem deve substituir os cuidados médicos, no entanto pode muito bem complementá-los. Muitas vezes é o melhor remédio que temos ao nosso alcance.

Desta minha amiga ficou-me a lição, que pode muito bem servir para muitos dos meus amigos:
 

- Não podemos permitir que a doença nos aprisione, apesar dela podemos manter uma vida plena. A oração e a entrega ao outro podem e devem ser algumas das nossas forças!
 

Vitor Carvalho

sexta-feira, 30 de maio de 2014

A VIDA É…




Há já cerca de um ano e meio que não escrevia qualquer artigo no meu Blog, que saudades…

Hoje senti novamente essa necessidade.

Nestes últimos 18 meses a minha vida tem sido um turbilhão de acontecimentos, que não me tem deixado sequer com tempo para escrever aqui no meu cantinho.

Muitas coisas aconteceram, muitas mudanças, tudo com uma velocidade incrível.

Iniciei novos projetos, perdi outros, tive muitas alegrias, tive também muitas tristezas, ganhei novos amigos, perdi alguns, tive sonhos mas também apanhei muitas desilusões.

Profissionalmente também alterei muito a minha vida, agora é muito mais intensa. Com tudo isto parece que passaram 10 anos, mas não, foram apenas 18 meses.

Graças a Deus a minha família e aqueles amigos que sempre me apoiaram e ajudaram a iluminar o caminho são os mesmos.

Neste período conheci pessoas muito interessantes, alguns nunca mais os esquecerei, eles/as sabem bem de quem falo, com corações enormes, que me fizeram acreditar em sonhos lindos.

Talvez agora já mais estável, possa acertar a velocidade e voltar a ser o mesmo, particularmente com vontade de escrever….

 
Quero deixar-vos um conselho, protejam-se e relativizem sempre aquilo que vos possa acontecer de muito bom ou muito mau, e nunca deixem de acreditar!


Vítor Carvalho

«ao lado dos jovens, não se envelhece» - Papa Francisco

  Como é que um homem com 86 anos, que vem falar em nome de Alguém com mais de 2000, cria esta euforia e este entusiasmo em milhões, não só ...