Há muito que a minha consciência me pedia, para escrever uma crónica com um testemunho onde apresentasse a visão pessoal sobre a Santa Missa, chegou o momento, nada melhor que este período da Quaresma, para reflectirmos sobre a sua importância e indispensabilidade no quotidiano de um Cristão.É nesse momento único, que ao longo destes cerca de dois mil anos, se vem repetindo aquilo que se passou na última ceia, onde Jesus perante os apóstolos, converteu o pão e o vinho em carne e sangue do seu corpo, levando estes profetas a entregarem-se total e incondicionalmente a Deus, conduzindo-os ao caminho da salvação, fazendo-os aproximar ainda mais de Si.
Na Santa Missa, o Cristão que caminha para esse estado de plenitude máxima com Deus, deve deixar-se envolver a fundo nessa atmosfera, onde existe vida, amor e esperança na salvação, vivê-la de coração aberto, de forma a transformarmos este acto, num dos momentos principais do nosso dia.
Desde o acto penitencial, onde somos convidados a reconhecer e a confessar os nossos pecados, continuando na liturgia da palavra, onde são feitas leituras da sagrada escritura e o sacerdote faz a homilia, passando a seguir pela liturgia eucarística, a parte mais significativa e central da Santa Missa, momento onde o sacerdote com o poder do Espírito Santo, transforma o pão e o vinho no corpo e sangue do Senhor, terminando com a comunhão, onde recebemos a hóstia consagrada, o corpo de Cristo, tornando-nos verdadeiramente mais unidos a Jesus, tal como os apóstolos o fizeram há dois mil anos.
Meus amigos, que bom e que felicidade é viver diariamente este milagre. É certo que nem sempre a nossa disponibilidade nos permite esta prática regular, mas muitas vezes também não a procuramos com a convicção que Jesus nos merece, grande parte das vezes inventamos justificações sem grande solidez, acabando por enganar a nossa consciência de forma habilidosa, mas que nitidamente saímos a perder. É necessária disciplina interior, às vezes algum sacrifício, convicções fortes e amor a Jesus, para vencermos o pretexto do “não posso” do “não tenho tempo”, etc. As nossas orações devem passar também pelo pedido a Jesus, no sentido de contrariarmos a preguiça e ganharmos forças para vencermos os obstáculos que nos vão desviando do essencial, por forma a praticarmos este acto com a maior frequência possível, porque para além da obrigação, é também indispensável na a vida de um Cristão.
VÍTOR CARVALHO
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