domingo, 17 de outubro de 2010

HOJE ASSISTI A UMA HOMILIA FANTÁSTICA

Hoje assisti a uma homilia fantástica. Veio a propósito das leituras deste Domingo, trata-se de perceber a importância que pode ter a oração, nas vitórias no nosso dia a dia, como foi o exemplo de Moisés na sua vitória sobre Amalec.
Não podia ficar indiferente àquilo que assisti, tinha que a partilhar com os amigos.

Apesar de não a conseguir transmitir exactamente, vou tentar passar a mensagem que consegui captar.


O pároco abordou o tema da oração, sob uma perspectiva um pouco diferente daquela que muitas vezes a encaramos:


Nesta comunicação ou melhor, neste diálogo com Deus, devem existir propósitos ou elementos básicos que devemos ter sempre em consideração.


A oração deverá ser composta por quatro elementos:


O LOUVOR, A ACÇÃO DE GRAÇAS, A INTERCESSÃO E O PEDIDO ou SÚPLICA;


O LOUVOR, como seres imperfeitos que somos devemos começar sempre pelo louvor, glorificando-O pelo que Ele É ou Faz. É este acto de humildade que nos vai fazer aproximar de Deus. “- Meu Deus és tão bom, és tão meu amigo…”;


A ACÇÃO DE GRAÇAS, É colocar todas as nossas alegrias, todos os nossos sofrimentos e tristezas como acção de graças, tudo deve ser motivo para dar grandeza à nossa vida;


A INTERCESSÃO, É colocarmo-nos no lugar dos outros e pedir em sua causa como fosse a nossa própria. Pode muitas vezes ser feita em favor de inimigos. Quantas e quantas vezes não pedimos a intercessão de Santos da nossa devoção, para que interceda junto de Deus?


PEDIDO OU SÚPLICA, tem por grande finalidade pedirmos a Deus apenas aquilo que precisamos para O servir melhor, ou seja, não cabem nestas súplicas o acertar no totoloto, pela vitória do nosso clube, etc. O que cabe, isso sim, é pedir pela saúde, pela família, pelos amigos, pelo trabalho, por tudo aquilo que implique uma melhor qualidade para melhor servirmos Deus.


Esta homília foi uma autêntica catequese. Apesar das minhas melhores intenções, não vos consigo transmitir como verdadeiramente a senti.

Vitor Carvalho

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

FAZ HOJE 8 ANOS

Faz hoje precisamente 8 anos, foi a 6 de Outubro de 2002, que João Paulo II canonizou São Josemaria Escrivá de Balaguer, perante mais 300 000 pessoas que se juntaram em Roma, vindas de todo o mundo.

Naquele dia Sua Santidade decretou o seguinte:

Em honra da Santíssima Trindade, para exaltação da fé católica e crescimento da vida cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e a Nossa, depois de ter amplamente reflectido, invocado muitas vezes a ajuda divina e ouvido o parecer de muitos irmãos no Episcopado, declaramos e definimos Santo o Beato Josemaría Escrivá de Balaguer e o inscrevemos no catálogo dos Santos e estabelecemos que em toda a Igreja seja devotamente honrado entre os Santos. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.


O que agora decretamos, queremos que vigore no presente e para o futuro, sem que nada possa haver em contrário.

Dado em Roma, junto de São Pedro, em 6 de Outubro do ano 2002, vigésimo quarto ano do Nosso Pontificado.

Eu, João Paulo

Bispo da Igreja Católica”



sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O dia em que aprendi o que é estar morto.

Achei este artigo fantástico. Com a devida autorização do autor, Pedro Ribeiro Rádio Comercial, transcrevo-o para o meu blog.

Hoje estive morto. Senti que toda a vida se escapava pelo ar que, aflito e a custo, respirava, enquanto as lágrimas eram gritadas, louco no carro, os olhos à procura, à procura, à procura.
Morri, ali.
A minha filha deveria sair da Escola de Santo António, na Parede, apanhar uma carrinha do ATL e eu ia buscá-la.
O que é que aconteceu? O cartão da escola, que supostamente controla as entradas e saídas dos alunos, valeu zero. Ela saiu, porque viu uma carrinha de ATL e entrou. Era o ATL errado. Ninguém lhe perguntou o nome, não houve uma chamada, nada. Ela entrou com uma colega e só após duas horas de aflição indizível, comigo à procura dela por todo o lado, é que o telefone tocou. De um "After School", a perguntar se eu era o pai de uma Mafalda Ribeiro, que eles tinham, aflita, a pedir para ligarem ao pai. Aliás foi ela que falou: "papá?"
Durante duas horas, morri. Percorri ruas de possíveis percursos, olhei para todas as sombras, parques infantis, supermercados, escola antiga, liguei para os pais de colegas dela, todos os absurdos e horrores passaram pela minha cabeça, chamei o seu nome, entre choro, em ruas e em todos os recantos da escola. Nada. Evaporou-se. Horrível. Uma tristeza, uma aflição, um horror que nunca mais vou esquecer. E quando o telefone tocou e era ela, aquela voz doce da minha princesa, minha vida, meu ar, meu sopro de vida, eu soube o que era renascer. E desfiz-me em lágrimas de novo, e dali até ao tal After School, que teve a minha filha à sua guarda por engano, até ela pedir para ligarem ao pai, levei um segundo e levei toda a vida. Obrigado meu Deus, obrigado! Estacionei às tês pancadas, voei em passo trocado de nervos, pela rua fora, Mafaldinha, Mafaldinha, Mafaldinha, cego de amor aflito, só há descanso e vida quando a abraçar e estiver tudo bem.
Quando a abracei, e ela, agarrada a mim, me disse, apenas: "Olá Papá" eu soube que tinha renascido. E ela também, coitadinha.
Como cartão de visita da nova escola, estou esclarecido. Tantas referências boas e afinal é isto: no primeiro dia, por maioria de razão, deveria existir um ainda mais rigoroso controlo de entradas e saídas, mas quando cheguei o portão estava escancarado, como deveria estar quando a Mafalda viu uma carrinha do ATL a chegar, estava na hora e ela saiu da escola e entrou na carrinha. Ninguém perguntou nada, ninguém fez nada.
E um ATL mete um grupo de crianças numa carrinha, não pergunta nomes, não verifica nada e só ao fim de duas horas é que, perante a aflição de uma criança de 10 anos a pedir para ligarem ao pai é que se acaba com este horror?
Quando penso na forma como desaparecem crianças, para sempre, todos os dias, penso que esses pais e filhos terão sentido isto, e muitos, mesmo sobrevivendo, morreram para sempre.
Eu tive a sorte de poder renascer.
E sei que, a partir de hoje, ganhei uma nova causa: fazer tudo o que estiver ao meu alcance para contribuir para uma Escola responsável, atenta, segura, onde os nossos filhos aprendem e podemos, enquanto pais, estar descansados.
Quando depois desta tarde de horror, fui buscar o pequeno Gonçalo ao colégio e ele me disse, comprometido, "Papá, parti os óculos a jogar à bola" eu disse para mim: que importância é que isso tem? Nenhuma, realmente, não tem nenhuma importância.
Não podia dizer-lhe que o pai hoje tinha aprendido o que é morrer, e tinha tido a bênção de poder nascer de novo.

«ao lado dos jovens, não se envelhece» - Papa Francisco

  Como é que um homem com 86 anos, que vem falar em nome de Alguém com mais de 2000, cria esta euforia e este entusiasmo em milhões, não só ...